segunda-feira, 28 de março de 2005

Feriadão diferente

Muito pequena, meus pais me ensinaram que no feriado da Semana Santa a gente não pode ir a festas ou ouvir música alta por causa da morte de um Cara aí que foi muito importante para a história da humanidade (tanto que ela foi dividida em antes e depois do nascimento Dele).

Crescida, com minha própria casa, mantenho algumas tradições, faço algumas concessões. Não ouço música alta, mas o aparelho de som nunca (nunca mesmo!) fica desligado.

Nem sei se acredito na história toda, mas ainda reservo à data algum respeito, como se alguém querido da vizinhança tivesse morrido. E isso é tudo.

A parte mais divertida do feriadão santo é uma tradição que não pode se perder: malhar o Judas. Na infância, adorava estraçalhar os bonecos de trapo na rua. Exorcizava toda a minha maldade (ou boa parte dela, afinal tinha que guardar um pouco para o resto do ano) no pobre Judas – que, mesmo com as aulas de catecismo, nem sabia muito bem quem era...

Na 2ª Semana Cultural em Santa (que também inclui a Lapa), a malhação do Judas acontecerá no Curvelo, no Parque das Ruínas e no Largo das Neves, com participação do bloco Gigantes da Lira, do grupo Valdevinos de Oliveira e outros. Em Santa Tereza, manifestações religiosas e eventos culturais (leia-se música, poesia e teatro – www.clandesign.com.br, para a programação completa) acontecem juntos em praças, bares e restaurantes.

Mas o resto da humanidade carioca não está nem aí para quem morreu ou quem vai ressuscitar daqui a algumas horas. Então, a festa continua rolando solta. A balada virou o novo jeito de malhar o Judas (podiam fazer uma festa temática sobre isso!). Dêem só uma olhada no que há de bom pra fazer.

Sexta-feira:
Na Semana Cultural em Santa, apresentação da Folia de Reis da Mangueira, às 15h, no Largo das Neves e do Cortejo da Paixão, com o bloco Céu da Terra, na rua Dias de Barros, às 18h. À noite, a festa Ploc invade o Circo, com a banda Perdidos na Selva – com a talentosa Vivian Belfort (da banda Clarin Diário) nos vocais.
Noite de Rock na Fosfobox, com Tito, Edinho e José Roberto Mahr nas carrapetas, e a já tradicional Alien Nation, no OZ Club (Rua da Carioca, 54).
De volta a Santa Tereza (Almte. Alexandrino, 264), por R$ 5,00, rola techno na Sublime. Tem Dodô na Bukowski (oba!).

Sábado:
Às 17h, a festa Operation Party, bota novas bandas cariocas (Sea Food Dead e Super Saiajeans, entre outras) pra ensurdecer os vizinhos da Visconde Silva, em Botafogo.
Enquanto isso, em Santa Tereza, o bloco Céu da Terra desfila até o Largo dos Guimarães, onde encontra o (maravilhoso) Rio Maracatu que segue ao encontro do Carmelitas, no Curvelo. Juntos descem até a Lapa onde a badalada Orquestra Imperial receberá Wilson das Neves e Jorge Mautner, com discotecagem do Dj Marlboro nos intervalos.
Mais uma festa 80’s na área (tá ficando óbvio, hein!) – Ploc Pac Man, no OZ Club, com o DJ Wilson Power (Alien Nation).
Tem Dodô e André da Lagoa na festa Pessoas do Século Passado, na Casa Rosa (oba!).

Domingo:
Os nonsense-at-all Rogério Skylab e Zumbi do Mato estarão no festival Tomarock, no Barracão Show Beer (Rua Itabira, 352), às 15h, em Caxias.
Festa B.U.M. – Brazilian Underground Movement – de música eletrônica, na Praça do Granito, em Anchieta, às 16h. Leve um quilo de alimento não-perecível.
Bandas novas de Brasília, São Gonçalo e Nikiti se apresentam no festival Brasília in Rio, às 18h, no Convés Bar (Gragoatá), em Niterói.

Quarta-feira:
PATIFE na festa Movement, na Bunker (oba!).

Lembretes:
•Último domingo do mês = teatros da prefeitura a um mango
•Última semana para ver a obra de Jackson do Pandeiro no Teatro, na sala Baden Powell.
•A exposição Descubra e Divirta-se (Casa de Ciência da UFRJ) foi prorrogada até junho.
•No próximo final de semana, NAÇÃO ZUMBI & MUNDO LIVRE, no Circo, e LENINE, no Canecão. (Será que o coração agüenta???)
•No dia 8 de abril, a Skol leva ao MAM o festival Identidade Nacional, com Cidade Negra, Farofa Carioca, Ivo Meireles & Funk’n Lata, Rio Maracatu, MPB Samba e Trilogia Carioca.
•Djavan, no Olimpo, dia 16 de abril
•A partir do dia 22 de abril, mega evento Skol Stage, em seis cidades do Estado do Rio, O Rappa comanda todas as noites e leva convidados especiais.
E viva a cerveja...

quarta-feira, 23 de março de 2005

Let Lenny Rule

Temos perrengue? Temos sim, senhor.

Temos metrô sem segurança e abarrotado de gente? Temos sim, senhor.

Temos pittboys se agarrando e causando (mais) correria, empurra-empurra e confusão? Temos sim, senhor.

Temos mais de duzentos mil malucos que se espremem para ver um cantor gringo do qual mal ouviram falar só porque é de graça? Temos sim, senhor.

Mas quem ama Rock and Roll, e não dispõe de grana para assistir ao Lenny Kravitz no ar condicionado, se sujeita aos maiores sacrifícios em nome desse amor.

Parece que foi ontem que, há catorze anos, eu quase chorei de emoção quando ganhei do meu melhor amigo o álbum “Mama Said”, de um cantor que estava despontando por aqui como uma grande promessa da música mundial (leia-se americana). Já tinha me esquecido de como é emocionante ver um artista reconhecido no mundo inteiro vir ao Brasil e cantar com tanto prazer pra gente (é claro que ele foi muito bem pago pra isso, mas e o romantismo onde é que fica?).

O último show internacional a que assisti na praia foi tão fraco que fiquei com a impressão de que shows na praia são ruins. Mas quando Lenny subiu ao palco da chuvosa Copacabana, na noite de segunda, notei que o meu celular estava vibrando. Tentei atender a ligação e percebi que, na verdade, era o estrondo do baixo e da bateria que causava aquela já esquecida sensação. Eram os acordes do Rock and Roll vibrando na esnobe Av. Atlântica.

O show de duas horas de duração foi impecável. Para meu deleite, Lenny tocou 4 canções do referido álbum: "It ain’t over til it’s over", "Stand by my woman", "Fields of Joy" e "Always on the run" – que, ao soar dos primeiros acordes, foi saudada por um espectador como “aquela música do Slash”(!). Clássicos como "American Woman", "Believe" e "Are you gonna go my way" não foram esquecidos e ainda teve um set totalmente acústico. Mas o que realmente levantou o público foi “a música da propaganda” (os comentários do público leigo são um show à parte...), "Fly Away".

Deve ser muito emocionante tocar para duzentas mil pessoas. Mas deve ser muito mais emocionante tocar para 20 mil que cantem junto com você. Lenny percebeu isso quando tocou a bela "Let Love Rule", seu primeiro grande hit, e, praticamente, teve que implorar para o público cantar junto: sem sucesso. Até para Deus o cara apelou.

A iniciativa de proporcionar shows e eventos culturais gratuitos para o povão é louvável, mas – venhamos e convenhamos – seria muito melhor se o negão tivesse tocado na Praça da Apoteose. Provavelmente, o preço do ingresso não seria tão caro como o de uma casa de show e os verdadeiros fãs do artista teriam prestigiado o evento (muitos desistiram da empreitada prevendo o tumulto que realmente aconteceu). Apesar dos pesares, quem gosta do som e foi ao show, não se arrependeu. Foi um showzão que vai deixar saudades. E let rock rule...

Alguns alertas para os próximos eventos:

•A polícia não deve estar presente para assistir ao show e sim para assistir o público, assim como para intervir nas brigas dos playboys, ao invés de ficar só observando do alto.

•Deveria ser proibido estacionar carros na Av. Atlântica na área do show. Houve momentos em que ocorreram brigas, as pessoas tentavam correr e ficavam presas entre a multidão que se pisoteava e os carros parados na orla, atrapalhando a circulação do público.

•Na ida para o show, as composições do Metrô paravam por, em média, 10 minutos em cada estação, o que aumentava ainda mais a demora, a ansiedade e o desconforto dos que esperavam do lado de fora e dos que se espremiam na sauna do lado de dentro.

•Na hora de ir embora, quem pegou ônibus se deu bem: a quantidade de opções e o número de veículos facilitou a vida de quem precisava acordar cedo para trabalhar no dia seguinte.

sexta-feira, 18 de março de 2005

Eu te disse, eu te disse

Na semana passada, eu comentei que não havia graça nenhuma em uma rave patrocinada pela Prefeitura e com segurança da polícia militar (além do preço da entrada ser caríssimo). Lembram?

Pois é... Teve nego preso na tal rave por venda e consumo de "bala" e "black" e uma quadrilha de jovens e universitários traficantes foi desbaratada (será?). Um deles foi retirado de sala de aula pela polícia. Alguém aí consegue adivinhar em qual universidade particular ele estuda? Eu não vou contar, porque não quero perder o emprego... ahahaha

Enquanto isso, a festa continua. O Paço Imperial comemora 20 anos de dedicação à arte e à cultura. Para comprovar o bom serviço que presta a essas áreas, sua ótima e aconchegante sala de cinema apresenta os imperdíveis "Closer" e "O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças".

Hoje e amanhã, tem Cidade Negra, no Circo Voador, com abertura de Digital Dub Sound System (banda do ex-vocalista da CN, Ras Bernardo) e participação do rapper paulista Rapin’ Hood e do cantor jamaicano Anthony B.

No espaço Unibanco e no Estação Ipanema, o maravilhoso Gerard Depardieu dá as caras (e o nariz) na comédia "Dupla Confusão".

A Intrépida Trupe traz de volta aos palcos da Fundição Progresso, neste sábado, o espetáculo Sonhos de Einstein, de 2003, por R$ 20,00.

Beth Carvalho está hoje no Canecão.

No domingo (às 21h) e na quinta (às 20h), tem Alceu Valença no Sesc Tijuca e Madureira, respectivamente.

Na segunda-feira, DJ Patife e Lenny Kravitz encerram as comemorações pelo aniversário de 440 anos do Rio (um bebê!), em frente ao Copacabana Palace, a partir das 20h. Quem preferir comemorar com a legítima música brasileira poderá assistir à banda paraibana Cabruêra, no Clube Democráticos, no mesmo horário do show do negão americano.

Na quinta, O Rappa, Mv Bill e AfroReggae apresentam mais um show gratuito da série Conexões Urbanas no conjunto Amarelinho de Acari.

Está quase acabando a divertida e interessante (e gratuita!!!) exposição "Descubra e Divirta-se" que apresenta experimentos científicos interativos para crianças e marmanjos, na Casa da Ciência da UFRJ (2542-7494).

E em abril, Maurício de Nassau errará o alvo e, ao invés de invadir Pernambuco, invadirá o Rio incorporado nos pernambucanos Mombojó, que abrirá o show da aguardada Orquestra Manguefônica = Nação Zumbi + Mundo Livre S.A., no primeiro final de semana, enquanto Lenine (en)cantará seu novo disco no Canecão. E no dia 16, será a vez de Alceu Valença subir no palco da Fundição Progresso.

Acho bom Estácio de Sá ficar de fora dessa, porque se tentar impedi-los, quem acabará expulso (e flechado) será ele...E dessa vez não vai ter Araribóia pra ajudar.

sexta-feira, 11 de março de 2005

Recordar é viver...

Vocês se lembram de uma época em que era possível ir à festa Loud e se surpreender com as músicas na pista de dança?

Lembram que o dj baixava o volume pros marmanjos acompanharem a plenos pulmões Djavan e Simoni, em “Superfantástico”, no palco do cinema do Cine Íris?

Pois é, o responsável por esses momentos de catarse coletiva se chama Dodô. Hoje ele não toca mais na Loud, nem apresenta o College Radio (programa de rock alternativo que ia ao ar no começo da década de 1990, todo sábado à tarde, na Rádio Fluminense). Escreveu o livro “Pessoas do século passado” (que conta suas viagens/aventuras como jornalista e fã de literatura americana), virou professor universitário e montou a Casa Rosa (rua Alice), misto de boate e centro cultural – onde ainda coloca sons na festa que leva o mesmo nome do livro.

Quem sentiu saudade da divertida e surpreendente discotecagem desse cara, poderá matá-la hoje, na Bukowski (em Botafogo), a partir das 23h, por apenas R$ 12,00.

E por falar em recordar, lembram da Adelaide, a “anã paraguaia”? E da barata que, ao ser encontrada na cozinha, dizia “Vem ‘kafka’ comigo”? Os autores dessas “pérolas do cancioneiro popular”, a banda Inimigos do Rei estará hoje (sexta-feira, 11/03, às 18h), no happy hour do Odysséia. Direto do túnel do tempo!!!

Na Fundição Progresso, hoje tem show acústico do Marcelo D2 e amanhã, Natiruts.

Amanhã, sobem ao palco do Circo Voador, Karla Sabah (contemporânea do Inimigos do Rei, na banda – de gosto duvidável – Afrodite se quiser. Não queiram lembrar disso...), Eletrosamba (banda do dj Negralha) e as festas Brazilian Lounge & Febre (representada pelos djs Talma Pizelli e Yanay).

Lembram da banda The Police, que tinham o Sting no vocal? Ele era o mais bonito da banda, mas não o mais talentoso. Stewart Copland estraçalhava na bateria e Andy Summers pilotava uma das melhores guitarras da época (década de 70). Andy gosta tanto de música brasileira que gravou o disco “Splendid Brazil” e estará com Victor Biglione na Casa de Cultura da Estácio neste final de semana.

Ainda na linha MPB, pra quem gosta de comer e cantar (não ao mesmo tempo, obviamente!), Paulo Costa (também conhecido como “o irmão do Sebastian da C&A”) manda bem todos os sábados no Beco do Alemão, ao lado do DownTown.

Quem tinha banda ou namorado-que-tinha-banda na década passada já deve ter ouvido falar do estúdio Elam, em Jacarepaguá. No estúdio, a cada trimestre, há shows/ ensaios abertos com bandas novas. Neste domingo tem de novo. Com a banda Jason, entre outras. For free. À tarde. Simultaneamente, o rock udigrudi também invade a lona de Bangu com o “festival” Tributo ao Inédito 3.

Para quem só quiser relaxar e se divertir no cinema, as apostas vão para o romântico “Em busca da terra do nunca” e o engraçadinho “Hitch” (contra-indicado para feministas).

Para fechar, um bom passeio é a feira Hype, no Jóckey Club, nestes sábado e domingo.

P.S. 1: Lembram que fiz um protesto sobre a ausência da Orquestra Manguefônica em palcos cariocas na coluna do dia 15 de fevereiro? Pois é, ouviram minhas preces. O Circo Voador traz, no primeiro final de semana de abril, a Orquestra formada pela Nação Zumbi e pelo Mundo Livre S.A. em comemoração pelos 10 anos de lançamento do primeiro cd do movimento mangue beat (Da lama ao caos). Vou passar a rezar mais alto...

P.S. 2: Rave a R$ 80,00 com apoio da Prefeitura e uma cacetada de policiais fazenda a “segurança”? Que graça tem isso?

quinta-feira, 10 de março de 2005

Pizza

Divertidas as manchetes dos jornais relatando a absolvição dos congressistas corruptos. Concordo com a indignação, mas tenho que admitir que me sinto de certa forma aliviada. Não fui eu quem os colocou lá. Nem fui eu quem colocou os responsáveis por mais essa farra da pizza lá. O candidato em quem eu votei para o cargo de deputado federal foi eleito, mas depois foi convidado para assumir um Ministério. Não é mais um ministro, deve ter visto muita coisa esquisita por lá... Também nem é mais do partido pelo qual o elegi. Enfim...

Conheço pessoas que, de uma hora para outra, esqueceram em quem votaram para presidente!!! Alguém aí lembra em quem votou para para deputado federal? Será que não votou em quem ajudou essa gente a se safar? Quem sabe?

Eu lembro em quem votei para presidente. Espertamente, o meu candidato - vencedor - se ausentou justo no período de tão importante decisão do Congresso Nacional. Uma legítima "saída pela direita"... No melhor estilo Leão da Montanha! E foi longe, foi parar em Londres. Ai que inveja. Se toda vez que eu tivesse que passar por uma saia justa, pudesse ir pra Londres, com tudo pago...

O pior é a perspectiva - ou falta dela - de não ter em quem votar nas próximas eleições. Ou, não! Talvez o pior seja ver que os mais indignados, além de terem votado em gente pior do que o presidente turista, vão repetir a posição no mês de outubro. Dessa vez, se achando cheios de razão. Essas mesmas pessoas muitas vezes criticam os políticos ladrões, mas quando têm uma mínima possibilidade de "se dar bem" às custas dos outros, não têm dúvidas, derrapam na curva da ética até nas mínimas coisas, como não devolver um troco errado, furar fila, culpar outras pessoas pelo erro que cometem e por aí vai.

Tenho uma teoria. O problema não é o voto errado. É a consciência errada. É a má índole. Todos nós, políticos ou não, somos postos à prova todos os dias. Alguns passam, outros rodam. Alguns por sorte ou por azar. Outros por convicção. Qual é a sua? Pense nisso. E tente chegar a alguma conclusão até o dia 03 de outubro.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, é hora de curar a ressaca do carnaval! Algumas sugestões para reaquecer as turbinas.

Sexta, 10/03
• KLEITON & KLEDIR: show do DVD ao vivo, Teatro Rival, às 19:30h (sábado também). R$ 25.

Sábado, 11/03
• FEIJOADA VERDE E ROSA: Quadra da Mangueira, das 12h às 19h. Entrada 1 Kg de alimento não perecível (ou R$ 2) + Feijoada: R$ 8
• SYSTÈME B BAZAAR: brechó de discos e roupas, Plano B (Lapa), das 12h às 20h. Grátis.
• AS ÚLTIMAS HORAS DA VIDA DE CHE GUEVARA: Estréia da peça que mostra como foram as últimas 18h da vida do cara, com Fernando Bicudo, na Fundição Progresso, às 19h. R$ 20

Domingo, 12/03
• BABILÔNIA FEIRA HYPE: Moda, decoração, gastronomia. Jócquei Clube, das 14h às 22h. R$ 5
• PÃO DE AÇÚCAR: Promoção Carioca Maravilha para quem provar que mora ou nasceu no Rio (documento com foto e/ou comprovante de residência). R$ 15

Terça, 14/03
• CHICO BATERA Trio: baterista veterano toca clássicos da MPB. Sala Baden Powell (Av. N. Sra. de Copa, 360), às 19h. R$ 10

Quinta, 16/06
• A COR DO SOM: pocket show do DVD ao vivo, Fnac Barra Shopping, 19h. Grátis.

Sábado, 18/03
• SANTANA: Praça da Apoteose, R$ 120

Domingo, 19/03
• MERCADO MISTUREBA - moda e shows de rock Teatro Odisséia das 15h às 23h 1 Kg de alimento não perecível ou R$ 3

Sábado, 25/03
• JAMIROQUAI: Claro Hall, R$ 120

EXPOSIÇÕES
• TODAS AS MULHERES DO MUNDO: 104 quadros de artistas naïfs de 40 países retratam mulheres de diferentes culturas. Museu Internacional de Arte Naïf (R. Cosme Velho, 561), de terça a dom., das 12h às 18h. R$ 8 (até 03/2007)
• 17º SALÃO CARIOCA DE HUMOR: Centro Cultural dos Correios. Das 12h às 19h. Casa de Cultura Laura Alvim. Das 12h às 21h. Grátis.
• ERÓTICA – OS SENTIDOS NA ARTE: A arte erótica invade do CCBB. Até 30/04.
Últimos dias: GERAÇÃO ELETRÔNICA no Centro Cultural Telemar (até domingo).

CINEMA
Boas estréias movimentam as salas da cidade. Vejam por quê:
• "Clube da lua" – do mesmo diretor e com os mesmos atores de O FILHO DA NOIVA. (ARG)
• "O matador" – tem cara de sessão da tarde, mas tem um pé na Irlanda (rs). (EUA/ALE/IR)
• "Mulheres do Brasil" – é nacional, é contemporâneo e mostra a mulher brasileira no cinema sob uma ótica feminiNA (não confundir com feminiSTA). (BR)
• "Os seus, os meus e os nossos" – em último caso, se não sobrar mais nada para assistir... A história nem é das mais atraente, mas tem a Rene Russo para os meninos e o (colírio) DENNIS QUAID para as meninas!!! rs (EUA)
• "Crash" – o vencedor do Oscar de melhor filme volta a salas de fácil acesso. Quem não viu pode aproveitar. (EUA/ALE)

TELEVISÃO “findi rock inglês”
• JAMIROQUAI: Planet Rock Profiles, sexta (10/03), às 21h, Eurochannel
• COLDPLAY: “X & Y”, domingo (12/03), às 21h, Eurochannel
• ERIC CLAPTON: “Me and Mr. Johnson”, domingo (12/03), às 22:30h, Multishow

FUTURO DISTANTE

Em outubro, chega ao Rio o Supersurf 2006. Evento que conta com as etapas do Campeonato Brasileiro de Surf, e a constelação de estrelas do mar a qual já estamos acostumados, show de rock à noite e apresentações de skate. Nação Zumbi já está na fita dos primeiros shows. Vamos torcer para que a banda seja a atração da etapa carioca que vai rolar na Barra da Tijuca...
• Agradecimento: Valeu Newton, valeu Camila Gismondi, valeu Plano B.

quinta-feira, 3 de março de 2005

Brisa do Norte, ventos do Sul

Desarrumando as malas, me deparei com uma agradável surpresa. Soube que na Semana da Mulher (não era um dia? Agora já é semana? Na verdade, todo dia é dia...), o Rio de Janeiro será invadido por uma brisa de minuano, aquele vento frio que sopra no sul no inverno. Ui, chegou a arrepiar. Vir de Pernambuco e dar de cara com os artistas gaúchos que ouvia e cantava na infância. Bacana.

Deu pra ti? Pra mim não!!! Estou falando da família Ramil que se aprensenta semana que vem no Rio. Kleiton & Kledir, no Teatro Rival, e Vitor Ramil & Marcos Suzano, no Centro Cultural Carioca.

E por falar em desfazer malas, o carnaval de Pernambuco deixa saudades, pela riqueza cultural, pelos novos amigos, pelos velhos também, pela beleza das praias, pelos Brennands, pelas fantasias criativas, pela brincadeira gratuita nas ruas... Vi muita gente boa tocando por lá, Seu Jorge, Mundo Livre, Eddie, Lenine, Alceu, Vanessa da Mata, DJ Ganjaman, Turbo Trio e a insuperável Nação Zumbi.

Muitas novidades vieram comigo na mala, os últimos lançamentos de Maciel Salu (filho do Mestre Salu), Bonsucesso Samba Clube, Cascabulho, e, na memória, a surpreendente Mawaca, que mistura música indiana com ritmos regionais, Cinval Coco Grude (PE) e Sonic Jr. (AL), com um som eletrônico bem dançante, e o fantástico bloco Quanta Ladeira, fazendo paródias divertidíssimas de sucessos de Nando Reis, Nação Zumbi e outros. O mesmo Quanta Ladeira conta com um grupo de jovens percussionistas que levam um maracatu acelerado e contagiante. Parabéns aos organizadores do festival RECBEAT!

Não dá pra deixar de falar da inesquecível apoteose das Nações de Maracatu. Aconteceu no Pólo Afro (havia vários pólos espalhados pela cidade), no Pátio do Terço. Lá, às 0h da terça-feira de carnaval, o desfile das tradicionais Nações é interrompido para a realização da cerimônia dos Tambores Silenciosos. O Pátio (lotado) fica às escuras, o palco é tomado pelas rainhas do Maracatu e por pais e mães de santo. Apenas vozes entoando os cânticos do candomblé (em iorubá) e os tambores do maracatu são ouvidos. Tochas são acesas, pombos brancos são soltos e as luzes voltam a se acender. Uma bela cerimônia afro no pátio de uma igreja católica. Coisas do Brasil!!!

Vale a pena observar que, diferente dos grupos de percussão de Maracatu que se apresentavam nas ruas do Recife Antigo – em sua maioria compostos de músicos (brancos) de classe média, universitários, profissionais liberais e políticos–, as tradicionais Nações trazem a história do Maracatu, do Candomblé, da cultura afro em cada batida de tambor e passo executado por seus passistas. Nada como o original...

O serviço e o atendimento ao turista em Recife, fora dos hotéis e das áreas óbvias, tais como ônibus e feiras, ainda têm muuuuito o que melhorar. A truculência da polícia é de deixar o cabelo em pé. Mas não há jeito de o saldo de uma viagem a Recife ser negativo. O coração bate cada vez mais forte pras bandas de lá (alô alô, Ibura, ainda vou pisar na lama desse quintal!!!).

(Fotos dessa brincadeira toda nas próximas edições!)

PROGRAMAÇÃO

SEXTA, 03/03
• Sex Noise: Esp. Antiquário (Estr. da Cachamorra, 726, Campo Grande), 21h. Grátis.

SÁBADO, 04/03
• Feira Rio Antigo: Antiquários, decoração, acessórios e boa música. Lavradio. Grátis.

DOMINGO, 05/03
• Monobloco: desfile em frente ao Posto 12 (Leblon), 9h. Grátis.

TERÇA, 07/03
• Vitor Ramil & Marcos Suzano: Centro Cultural Carioca, 21h. R$ 15.

QUARTA, 08/03
• 17º Salão Carioca de Humor: Casa de Cultura Laura Alvim. Das 12h às 21h. A mostra apresenta seis exposições, incluindo a do homenageado do ano, Claudius (Manchete, O Cruzeiro, Pasquim). Grátis.

QUINTA, 09/03
• Kleiton & Kledir: Teatro Rival, 19:30h. R$ 25.
• 17º Salão Carioca de Humor: Centro Cultural dos Correios. Das 12h às 19h. A mostra apresenta seis exposições, incluindo a do grande homenageado do ano, Claudius (Manchete, O Cruzeiro, Pasquim). Grátis.
• Solos de dança 2006: Sesc Copacabana. Até 19/03. Com coreografias de Stella Miranda, Deborah Colker, entre outros. Ver programação em http://www.sescrio.org.br/main.asp

Mostra de cinema: Odeon Br – vasculhando a cinemateca. Veja em http://www.estacaovirtual.com/odeonbr/home.htm