quarta-feira, 25 de junho de 2014

Memórias do Apocalipse


O primo do pai do amigo do meu vizinho é negro. Tem carrão. Fez faculdade particular e montou o próprio escritório de advocacia. A casa dele tem piscina. Os filhos dele estudam em universidades públicas sem terem precisado recorrer ao sistema de cotas raciais.
Olho para essa família e acho uma injustiça que negros, só por serem negros, mereçam privilégios para entrar em universidades e concursos públicos. Agora até as empresas de comunicação têm obrigação de empregar um certo número de negros.
A escravidão acabou há mais de um século. Não é possível que o povo negro não tenha conseguido se recuperar do trauma. Os negros lutaram tanto pela liberdade e quando a receberam de mão beijada não souberam o que fazer com ela. Ficam até hoje reclamando da falta de oportunidades.
A maior parte desses negros é composta de gente preguiçosa. Pois há famílias de negros que hoje estão na classe média porque batalharam e souberam prosperar. Por outro lado, há aquela parcela que prefere o caminho mais fácil: da malandragem, da exploração religiosa, da mendicância e do crime. E ainda se julgam vítimas da história.
Enquanto isso, pessoas brancas e pobres são excluídas. A lei de cotas também privilegia alunos de escola pública e índios. Mas não importa. Esse sistema deveria, sim, privilegiar estudantes por classe social, mesmo os que se esforçam para estudar em escolas particulares. Assim, as vagas nas universidades seriam ocupadas por gente que realmente valoriza a educação. Uma vez que em escolas públicas, todos sabem, os alunos não querem nada.
E os índios? Para quê os índios querem estudar se só precisam caçar e pescar? É injusto que tirem também as vagas dos estudantes brancos que querem seguir carreira acadêmica.
O ideal mesmo seria que não precisasse haver um sistema de cotas. E, sim, que o ensino fundamental público tivesse qualidade suficiente para que os alunos da escola pública concorressem em pé de igualdade com os alunos da rede particular.
Para que isso acontecesse, seria preciso que os professores parassem de reivindicar melhores salários e fossem para a sala de aula trabalhar. Afinal, eles reclamam, mas se deslocam de uma escola para outra com seus carrinhos, o que a maioria dos trabalhadores brasileiros não tem condições de fazer.
Seria preciso também que o governo investisse na educação com mais escolas e a recuperação das já existentes. Não me refiro a gastar rios de dinheiro com escolas desenhadas por arquitetos famosos. Especialmente, para serem construídas dentro de favelas. Educação não é prédio, nem luxo. Bastam boas condições de aprendizado.
No Brasil, é muito comum aparecerem políticos e sociólogos de esquerda com discursos demagógicos e populistas defendendo as tais classes menos favorecidas e as minorias étnicas. Essas pessoas devem redigir seus discursos de seus gabinetes refrigerados.
Não têm qualquer conhecimento da realidade das ruas. Se circulassem pelo Aterro do Flamengo à noite, entenderiam as razões que levaram os moradores do bairro a fazerem justiça com as próprias mãos.
Os "justiceiros" são pessoas que cansaram de esperar do poder público ações para conter o vandalismo e a barbárie, justamente daquela parcela da população que optou pelo caminho mais fácil, roubando e assaltando pessoas de bem, que pagam seus impostos e não têm segurança para circular pela própria cidade. Estamos pagando! Temos nossos direitos, inclusive o de defesa.
O mundo é assim, mas não precisa ser. Se o Brasil não fosse um país tão permissivo com seus pequenos criminosos, teríamos uma juventude bem diferente. Mais disciplinada e livre de vândalos. Mas o que vemos aí é o resultado de anos de políticas de direitos humanos para bandidos. De nossa indulgência e excesso de tolerância. Impunidade.
Se mantivermos esse passo, ainda nos perceberemos presos em nossos lares, amedrontados, deixando as ruas livres para os malfeitores.
Imagem do blog pisandolaredonda

 O texto acima é um breve apanhado do que ouço por aí há...
39 anos. 
Você também pensa assim?

EU NÃO!