sexta-feira, 11 de março de 2005

Recordar é viver...

Vocês se lembram de uma época em que era possível ir à festa Loud e se surpreender com as músicas na pista de dança?

Lembram que o dj baixava o volume pros marmanjos acompanharem a plenos pulmões Djavan e Simoni, em “Superfantástico”, no palco do cinema do Cine Íris?

Pois é, o responsável por esses momentos de catarse coletiva se chama Dodô. Hoje ele não toca mais na Loud, nem apresenta o College Radio (programa de rock alternativo que ia ao ar no começo da década de 1990, todo sábado à tarde, na Rádio Fluminense). Escreveu o livro “Pessoas do século passado” (que conta suas viagens/aventuras como jornalista e fã de literatura americana), virou professor universitário e montou a Casa Rosa (rua Alice), misto de boate e centro cultural – onde ainda coloca sons na festa que leva o mesmo nome do livro.

Quem sentiu saudade da divertida e surpreendente discotecagem desse cara, poderá matá-la hoje, na Bukowski (em Botafogo), a partir das 23h, por apenas R$ 12,00.

E por falar em recordar, lembram da Adelaide, a “anã paraguaia”? E da barata que, ao ser encontrada na cozinha, dizia “Vem ‘kafka’ comigo”? Os autores dessas “pérolas do cancioneiro popular”, a banda Inimigos do Rei estará hoje (sexta-feira, 11/03, às 18h), no happy hour do Odysséia. Direto do túnel do tempo!!!

Na Fundição Progresso, hoje tem show acústico do Marcelo D2 e amanhã, Natiruts.

Amanhã, sobem ao palco do Circo Voador, Karla Sabah (contemporânea do Inimigos do Rei, na banda – de gosto duvidável – Afrodite se quiser. Não queiram lembrar disso...), Eletrosamba (banda do dj Negralha) e as festas Brazilian Lounge & Febre (representada pelos djs Talma Pizelli e Yanay).

Lembram da banda The Police, que tinham o Sting no vocal? Ele era o mais bonito da banda, mas não o mais talentoso. Stewart Copland estraçalhava na bateria e Andy Summers pilotava uma das melhores guitarras da época (década de 70). Andy gosta tanto de música brasileira que gravou o disco “Splendid Brazil” e estará com Victor Biglione na Casa de Cultura da Estácio neste final de semana.

Ainda na linha MPB, pra quem gosta de comer e cantar (não ao mesmo tempo, obviamente!), Paulo Costa (também conhecido como “o irmão do Sebastian da C&A”) manda bem todos os sábados no Beco do Alemão, ao lado do DownTown.

Quem tinha banda ou namorado-que-tinha-banda na década passada já deve ter ouvido falar do estúdio Elam, em Jacarepaguá. No estúdio, a cada trimestre, há shows/ ensaios abertos com bandas novas. Neste domingo tem de novo. Com a banda Jason, entre outras. For free. À tarde. Simultaneamente, o rock udigrudi também invade a lona de Bangu com o “festival” Tributo ao Inédito 3.

Para quem só quiser relaxar e se divertir no cinema, as apostas vão para o romântico “Em busca da terra do nunca” e o engraçadinho “Hitch” (contra-indicado para feministas).

Para fechar, um bom passeio é a feira Hype, no Jóckey Club, nestes sábado e domingo.

P.S. 1: Lembram que fiz um protesto sobre a ausência da Orquestra Manguefônica em palcos cariocas na coluna do dia 15 de fevereiro? Pois é, ouviram minhas preces. O Circo Voador traz, no primeiro final de semana de abril, a Orquestra formada pela Nação Zumbi e pelo Mundo Livre S.A. em comemoração pelos 10 anos de lançamento do primeiro cd do movimento mangue beat (Da lama ao caos). Vou passar a rezar mais alto...

P.S. 2: Rave a R$ 80,00 com apoio da Prefeitura e uma cacetada de policiais fazenda a “segurança”? Que graça tem isso?

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